
OS ANOS
A Carlos Araníbar
Meu amigo, onde estão
os ares transparentes
das noites de verão?
Oh! Mágico entardecer
dos anos! Esquecido...
Já tudo adormecido.
A virgem que adoramos,
ai!,já não mais buscamos:
por que mortal prado
rodou-lhe a cabeleira?
(As estâncias desertas,
ao longe, empalidecem.)
As cortinas fenecem.
O coração não soma
os meses com os meses;
o coração goteja
eternidade... às vezes!
Meu amigo, onde estão
os ares transparentes
das noites de verão?
Francisco Bendezú
Nenhum comentário:
Postar um comentário