segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


OS ANOS

A Carlos Araníbar

Meu amigo, onde estão

os ares transparentes

das noites de verão?

Oh! Mágico entardecer

dos anos! Esquecido...

Já tudo adormecido.

A virgem que adoramos,

ai!,já não mais buscamos:

por que mortal prado

rodou-lhe a cabeleira?

(As estâncias desertas,

ao longe, empalidecem.)

As cortinas fenecem.

O coração não soma

os meses com os meses;

o coração goteja

eternidade... às vezes!

Meu amigo, onde estão

os ares transparentes

das noites de verão?

Francisco Bendezú

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